O projecto MAIS JOVEM seleccionou 6 jovens para participarem num intercâmbio internacional na Roménia na semana de 3 a 10 de Julho. O critério de selecção assentou no nosso comportamento, na envolvência nas actividades do projecto, na assiduidade e por ainda não termos participado em nenhum intercâmbio. Juntaram-se assim num Campo perto da cidade de Sfantu Gheorghe um total de 24 participantes de Portugal, da Turquia e da Roménia.
Este intercâmbio começou a ser preparado meses antes. Tivemos várias reuniões para decidir como iriamos angariar dinheiro para as viagens e para preparar as actividades que iríamos desenvolver lá. A líder do nosso grupo e uma representante dos jovens foram até à Roménia para uma visita de preparação conhecer o local e discutir todos os pormenores do intercâmbio. Quando regressaram fizemos uma reunião na qual os nossos pais também participaram para vermos as fotografias do local e ficarmos a saber o que nos esperava.
Depois disto, o passo seguinte foi andar de avião: novidade para a maioria de nós. Estávamos todos muito nervosos, mas este nervosismo passou assim que o avião aterrou. Afinal não era tão aterrorizador como pensávamos! O tema deste intercâmbio foi : Reduzir, reutilizar e reciclar (os 3 R’s). Foram estes temas que nos acompanharam toda a semana. Todos os países organizaram diferentes workshops sobre o tema referido. Fizemos actividades que nos sensibilizaram para os graves problemas ambientais. Com o tema reduzir criámos um cartaz em que aproveitámos fotografias e palavras de revistas. Para o tema reutilizar dinamizamos um workshop onde construimos porta moedas a partir de pacotes de leite vazios. No reciclar demos uma cara nova a roupas antigas, com o método da tinturagem.
Ao fim do dia juntávamo-nos com um participante doutro país e fazíamos a reflexão das aprendizagens do dia e com base nelas elaborámos o conteúdo do nosso certificado internacional chamado Youth Pass. Este certificado tem uma importância relevante para o nosso futuro uma vez que enriquece bastante o nosso curriculo e pode ajudar-nos a abrir portas a nível profissional. Um dos maiores desafios para nós foi a comunicação. A única língua comum era o Inglês e alguns não eram nada fluentes, mas a lei do desenrasca (tão nossa caracaterística) levou-nos a comunicar através de gestos e expressões e, dessa forma, todos nos fazíamos entender. Mas claro que melhorámos muito o nosso inglês.
Para que o intercâmbio fosse ainda mais interessante, foram organizadas duas grandes saídas. Para que conhecessemos melhor a cidade, deram-nos como tarefa um pedipaper fotográfico. Foi de facto divertido e eficaz. A outra foi uma visita à maior empresa de resíduos do Condado, a Tega Waste. Lá vimos o lixo armazenado e explicaram-nos o processo de reciclagem que eles usam. Ficámos admirados por ainda estarem tão atrasados em relação a nós, especialmente quando nos mostraram o seu maior motivo de orgulho na cidade, um e único ecoponto. Mas mais admirados ficámos porque o que para nós é já uma banalidade, esse tal ecoponto, era uma novidade absoluta para os turcos, porque no país deles não são comuns. Uma das características comuns na Roménia e na Turquia que mais nos chamou à atenção foi a forma como foi constituído o território actual destes países. Devido a dificuldades na Hungria, esta teve que ceder parte do seu território à Roménia. Com esta divisão foram muitos os Húngaros que ficaram a fazer parta da Roménia. Passadas gerações e gerações estes continuam a sentir-se Húngaros e não aceitam as tradições e costumes da Roménia, continuando a perpetuar a cultura da Hungria e inclusivamente a falar a sua língua. O mesmo acontece com a Turquia e o Curdistão, sendo os Curdos que não se aceitam como Turcos, mas têm muito mais dificuldade porque o governo é mais rígido e até proibiu que falassem curdo…
O que nós sentimos mais falta foi da nossa comida. Tanto o sabor como o aspecto são diferentes, mas apesar disso algumas comidas eram saborosas, tínhamos era que estar dispostos a provar. A cultura também é diferente, tal como verificámos nas noites interculturais. Nas roupas tradicionais, na língua e na forma de se comportarem, notámos grandes diferenças. Aprendemos várias danças e tradições, tanto romenas como turcas e também ensinámos portuguesas.
Toda esta experiência foi bastante gratificante para nós, mas em diferentes perspectivas: houve quem tivesse valorizado as amizades, outros as culturas e outros a linguagem e tradições. Chegámos à conclusão de que apesar de serem países tão afastados, todos somos cidadãos europeus!
O que nós sentimos mais falta foi da nossa comida. Tanto o sabor como o aspecto são diferentes, mas apesar disso algumas comidas eram saborosas, tínhamos era que estar dispostos a provar. A cultura também é diferente, tal como verificámos nas noites interculturais. Nas roupas tradicionais, na língua e na forma de se comportarem, notámos grandes diferenças. Aprendemos várias danças e tradições, tanto romenas como turcas e também ensinámos portuguesas.
Toda esta experiência foi bastante gratificante para nós, mas em diferentes perspectivas: houve quem tivesse valorizado as amizades, outros as culturas e outros a linguagem e tradições. Chegámos à conclusão de que apesar de serem países tão afastados, todos somos cidadãos europeus!
Marta Trindade, Miguel Meda e Olívia Moreira